3.º aniversário
Eu tive um sonho
Num desejo de ser até ao fim
Nele acreditei e me alimentei
Até que o destruí.
Frutos magnânimos vieram daí
Mas antes dos três ciclos esse trilho rompi.
Fui eu que parti e alguém desiludi.
Agora chamo sonho a um ser de olhos felinos que está por aqui.
Se acreditei em ti, em mim?
Sim, sim, sim, sim
Acredito sim
Sabendo agora de que tudo rapidamente poderá ter um fim.
Desconhecia o significado desse termo em mim, e uma parte preferia que sempre tivesse sido assim.
Agora não dá para ignorar e continuar nesse “até ao fim”, porque cada ação deixa uma marca de si.
Vejo-me uma destruidora vil, perigosa e em nada vaidosa desse seu poder.
Por muito que haja vantagem na reconstrução
Vejo sempre dor na observação de cada coração.
A palavra recomeçar parece sinónimo de um gigante turbilhão
Talvez reaprender a amar seja a única solução.
Talvez reaprender a amar seja mesmo a única solução.
Desenvolver amor próprio, expandi-lo, talvez jamais seja em vão.
Boa! Vejo aqui uma direção.
O que fazer então com a sensação de perda de chão?
…
Talvez sobre esta só se consiga abrandar, respirar e abraçar o coração.
Helena Brou Gomes
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