Que professor é aquele que não se sente feliz na sua pele de docente quando procura replicar o modelo que sempre conheceu enquanto estudante?
Que professor é aquele que se sente uma péssima cópia, inacabada, defeituosa e desenquadrada das diretrizes e regras que encontra nas escolas?
Que professor é aquele que querendo fazer diferenciação pedagógica vê-se coagido a avaliar da mesma forma todos os alunos quando está perante tamanha diversidade humana?
Que professor se sente bem quando executa as regras votadas em pedagógico quando nem sequer faz parte dele e ouve constantemente os alunos a perguntar “ Falta muito para sair?”?
Que professor se sente professor quando é condenado por outros “professores” e direção(ões) escolar(es) por seguir a sua intuição humana e pedagógica baseada nos conhecimentos pedagógicos apenas por ter um brilho estranho aos olhos da equipa a que chamamos comunidade educativa?
E por falar em comunidade educativa, que comunidade será essa onde ninguém se assume como responsável apontando sempre os dedos para o Ministério de Educação?
Porque permitimos a sobrevivência numa realidade de avaliações e números para pequenos e graúdos e não lutamos por vivência numa realidade de humanos, criatividade e aprendizagem para todos?
Se somos nós que fazemos a escola, se a escola faz a sociedade, desafiamos uma reflexão promotora de transformação. Uma mudança calma, respeitadora e viva. Façamos acontecer!